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Uma publicação dos alunos do Curso de Comunicação Social da
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07/05/2008

Vice-cônsul dos Estados Unidos fez palestra hoje de manhã na FACHA



Antoinette Hurtado, vice-cônsul dos EUA no Rio de Janeiro:
“Racismo, intolerância, infelizmente, existem em todo lugar, mas não significa que um país inteiro seja assim”
Texto: Rodrigo Novaes de Almeida
Foto: Isabel Acosta

Antoinette Hurtado, vice-cônsul dos EUA no Rio de Janeiro, deu palestra esta manhã no auditório da FACHA. Ela falou sobre o processo eleitoral norte-americano, sobre as primárias democratas na escolha do candidato à presidência para a eleição deste ano e sobre a nova política de vistos para a entrada nos EUA após o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001.

Como diplomata, Antoinette evitou opiniões de caráter muito pessoal, embora tenha enfatizado a importância do momento no qual o seu país vive, com a possibilidade de eleger uma mulher ou um negro para o cargo mais alto do governo. Californiana descendente de mexicanos, a vice-cônsul revelou estar orgulhosa. “Nós tínhamos leis até um tempo atrás que não permitia mulheres ou afro-americanos se candidatarem”, disse ela, diante da platéia, acreditando também que nem Barack Obama nem Hillary Clinton deve desistir antes da última primária. “Quem ganhar, depois desse processo, ficará muito forte”, acredita, desconsiderando a opinião de críticos que afirmam que uma briga acirrada entre os dois democratas fortaleceria John McCain, o candidato do Partido Republicano.

A respeito do procedimento de visto para a entrada nos EUA, a vice-cônsul admitiu que após o 11/9 os cuidados aumentaram e que as regras ficaram mais rígidas. Contudo, para ela, “só as pessoas que mentem e que têm algo a esconder têm dificuldades de conseguir o visto”.
“Racismo, intolerância, infelizmente, existem em todo lugar, mas não significa que um país inteiro seja assim”, defendeu ela. “Uma das razões de minha entrada na diplomacia é que não sou um rosto padrão do meu país. Quando fui ao Egito, pensaram que eu fosse egípcia. Na Itália, que eu fosse italiana. Agora, no Brasil, brasileira. Mas nos EUA, pensam que não sou (norte-)americana”, completou, em referência à sua origem latina.

Ainda sobre a questão dos vistos, ao ser perguntada como foi a repercussão da política de reciprocidade imposta pelo governo brasileiro aos norte-americanos que vêm ao Brasil, Antoinette apenas disse que eles costumam pensar nisso como um processo, que não vêem como algo antipático. Embora solícita e simpática, ficou a impressão de que algumas questões realmente importantes deixaram de ser deliberadamente abordadas.

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