Mariana Carnevale é a primeira aluna a atender ao convite para escrever no blog do Jornal Laboratório. Acaba de enviar um belo texto sobre o "Álbum branco" dos Beatles. Leiam. Vale a pena. Façam que nem a Mariana. Escolham o tema e mandem o seu texto também. Colaborações são bem-vindas.
Não passou em branco
Por Mariana Carnevale
5º Período – Jornalismo – Campus I
Tudo isso poderia fazer o The White Album “passar em branco” – com o perdão do trocadilho -, mas felizmente isso não aconteceu.
Dizem que branco “é a cor da paz”. Também dizem que quando algo foi facilmente esquecido, “passou em branco”. É, dizem. Mas não dá para dizer que os Beatles “passaram em branco”. Eles sequer “passaram”. Estão aí (oba!), em discos, livros e até hotéis, que não nos deixam esquecê-los. No, they don’t pass us by.
E os álbuns dos Fab Four estão se tornando quarentões. Em 2007, vivemos o 40º aniversário do festejadíssimo Sergeant Pepper’s Lonely hearts club band. Este ano, é a vez do chamado The White Álbum, sem título (o álbum é conhecido como “Álbum Branco”, não possui esse título, oficialmente) e composto por dois discos.
Depois da revolução de Sgt. Peppers, lançar um álbum em meio à outra revolução – 1968, aquele “ano que não terminou” -, causava certo frisson. O que esperar dos Beatles, já completamente livres das amarras dos tempos do “iê iê iê”?
Ganhamos dois discos em um. Duas ostras que carregam pérolas como “While My Guitar Gently Weeps”, “Happiness is a Warm Gun”, “Blackbird” e “Helter Skelter”.
O álbum chegou a ser malditinho durante algum tempo, quando em 1969, Charles Manson disse que se baseou em algumas canções dos discos para justificar uma série de assassinatos que praticou – invadindo casas junto a seguidores para cometer chacinas (a atriz Sharon Tate, casada na época com o cineasta polonês Roman Polanski, foi morta pelo grupo) escrevendo com sangue das vítimas o nome de algumas músicas, que segundo ele, previam o apocalipse e uma iminente guerra racial.
Tudo isso poderia fazer o The White Album “passar em branco” – com o perdão do trocadilho -, mas felizmente isso não aconteceu. O álbum pode não ser tão lembrado como o próprio Sgt. Peppers ou como o Abbey Road, por exemplo, mas reflete a maturidade musical dos Beatles: da capa, extremamente sóbria, aos arranjos. Mas como nada é perfeito, houve espaço até para uma besteirinha como “Ob-La-Di-Ob-La-Da”. Ok, “life goes on”.
Porém, agora quarentão, é hora de reverenciar e agradecer toda a qualidade do álbum. O papo parece meio estranho, mas como diz a canção “Birthday”, “They say it's your birthday, It's my birthday too”.
Fãs, separem seus balões e chapeuzinhos. É tempo de comemorar.
Não passou em branco
Por Mariana Carnevale
5º Período – Jornalismo – Campus I
Tudo isso poderia fazer o The White Album “passar em branco” – com o perdão do trocadilho -, mas felizmente isso não aconteceu.
Dizem que branco “é a cor da paz”. Também dizem que quando algo foi facilmente esquecido, “passou em branco”. É, dizem. Mas não dá para dizer que os Beatles “passaram em branco”. Eles sequer “passaram”. Estão aí (oba!), em discos, livros e até hotéis, que não nos deixam esquecê-los. No, they don’t pass us by.
E os álbuns dos Fab Four estão se tornando quarentões. Em 2007, vivemos o 40º aniversário do festejadíssimo Sergeant Pepper’s Lonely hearts club band. Este ano, é a vez do chamado The White Álbum, sem título (o álbum é conhecido como “Álbum Branco”, não possui esse título, oficialmente) e composto por dois discos.
Depois da revolução de Sgt. Peppers, lançar um álbum em meio à outra revolução – 1968, aquele “ano que não terminou” -, causava certo frisson. O que esperar dos Beatles, já completamente livres das amarras dos tempos do “iê iê iê”?
Ganhamos dois discos em um. Duas ostras que carregam pérolas como “While My Guitar Gently Weeps”, “Happiness is a Warm Gun”, “Blackbird” e “Helter Skelter”.
O álbum chegou a ser malditinho durante algum tempo, quando em 1969, Charles Manson disse que se baseou em algumas canções dos discos para justificar uma série de assassinatos que praticou – invadindo casas junto a seguidores para cometer chacinas (a atriz Sharon Tate, casada na época com o cineasta polonês Roman Polanski, foi morta pelo grupo) escrevendo com sangue das vítimas o nome de algumas músicas, que segundo ele, previam o apocalipse e uma iminente guerra racial.
Tudo isso poderia fazer o The White Album “passar em branco” – com o perdão do trocadilho -, mas felizmente isso não aconteceu. O álbum pode não ser tão lembrado como o próprio Sgt. Peppers ou como o Abbey Road, por exemplo, mas reflete a maturidade musical dos Beatles: da capa, extremamente sóbria, aos arranjos. Mas como nada é perfeito, houve espaço até para uma besteirinha como “Ob-La-Di-Ob-La-Da”. Ok, “life goes on”.
Porém, agora quarentão, é hora de reverenciar e agradecer toda a qualidade do álbum. O papo parece meio estranho, mas como diz a canção “Birthday”, “They say it's your birthday, It's my birthday too”.
Fãs, separem seus balões e chapeuzinhos. É tempo de comemorar.
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